Demandas

Reclamações de atendimentos na saúde

Falta de encaminhamento em UBS e escassez de medicamentos causam preocupação em moradores

Carlos Queiroz -

Nos últimos dias, leitoras entraram em contato com o Diário Popular para reclamar de pontos ligados à saúde. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Castilho, a linha telefônica está há dias fora do ar, informação confirmada pela própria unidade. Em outra frente, uma leitora reclama da falta de medicamentos nas farmácias municipais.

O caso da Vila Castilho foi retratado por uma idosa, que pediu para não ter o seu nome citado na reportagem. Ela conta já durar cerca de um mês e meio o problema na unidade. Bordadeira, a usuária está com problemas de visão, o que afeta diretamente a atividade profissional. Pela dificuldade de contato telefônico com a UBS, já procurou atendimento presencialmente quatro vezes, mas garante nunca ter obtido encaminhamento algum. A idosa diz que, entre tantas respostas, a de falta de rede ou sistema foi citada. Ela também chegou a procurar a Ouvidoria da prefeitura, mas diz não ter conseguido contato. Por fim, afirma ter pedido encaminhamento para outra unidade de saúde, pois na Santa Terezinha sua irmã conseguiu o mesmo tipo de consulta em menos de 15 dias, mas ouviu uma resposta negativa. “Eu preciso de óculos novos. Ninguém resolve nada?”, desabafa.

A reportagem tentou contato telefônico com a UBS, ouvindo sempre a mesma mensagem gravada com a informação de que havia problemas. Na unidade, um colaborador confirmou que são constantes as falhas, tanto em telefonia quanto em internet, apesar deste último item estar funcionando bem nos últimos dias. O orelhão, instalado do lado de fora do prédio, também não funciona. Ele afirma ter chegado ao ponto de ter que utilizar o celular pessoal para fazer contato com pacientes.

A prefeitura, por meio de nota emitida ao Diário Popular, confirma os problemas na central telefônica e na rede de internet da Unidade Básica de Saúde Vila Castilho. Como os pedidos para exames e consultas com especialistas são encaminhados através do sistema Aghos, que depende de internet, não era possível realizar o agendamento. Agora o sinal de internet já foi regularizado, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que informou seguir tentando que a operadora também resolva o problema do telefone. A pasta orienta ainda que os usuários priorizem buscar informações presencialmente neste momento, até que a linha telefônica esteja normalizada.

Sobre o caso da usuária mencionada na reportagem, a nota diz não haver registro dela no prontuário eletrônico ou fichas físicas, solicitando seu retorno à unidade. No entanto, a idosa diz já ter procurado quatro vezes a UBS, mas que procurará de novo, para nova tentativa.

Atendimento em outras unidades e Ouvidoria
Segundo o município, em relação ao atendimento dos usuários em outra UBS, fora da área de moradia, a diretora de Atenção Primária, Luciana Soares, explica que nos casos de rotina, como consultas médicas, a orientação é para que o atendimento seja realizado preferencialmente na unidade de referência do paciente, pois as equipes já conhecem suas condições de saúde e podem realizar uma avaliação mais completa. Quando não for possível o atendimento, a própria equipe da UBS fará o encaminhamento.

Sobre a falta de atendimento na Ouvidoria, a SMS explica que os acolhimentos são feitos por um funcionário e ele pode precisar se ausentar do setor em alguns momentos para encaminhar situações e, por isso, é possível que a usuária não tenha conseguido o contato quando esteve no local. Para evitar novos casos, a pasta aponta que irá promover alterações nos horários de funcionamento. A partir de agora, o atendimento presencial no setor será das 8h ao meio-dia. Das 14h às 18h o trabalho será interno e o público poderá buscar o serviço por telefone, no número (53) 3284-7709, pelo e-mail
[email protected], ou através do WhatsApp (53) 99112-6049.

Falta de medicamentos
Outra leitora, que também não será identificada, procurou o Diário Popular para reclamar da falta de dois medicamentos nas farmácias municipais: Depakene e Fluoxetina. “Desde março está assim”, relata, reclamando dos gastos, que superam os R$ 100 mensais.

Por nota, via Assessoria de Comunicação da prefeitura, a Coordenação de Assistência Farmacêutica confirma a falta dos medicamentos Fluoxetina e Ácido Valpróico (princípio ativo do Depakene). A SMS alega enfrentar dificuldades para que os fornecedores cumpram os prazos estabelecidos para a entrega. Por isso a Fluoxetina está sem estoque desde maio e o Ácido Valpróico desde abril. Os empenhos para a entrega desses medicamentos já teriam sido enviados aos fornecedores, que projetam a reposição até a próxima semana.

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